quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Berrante de Ouro

Nesta casinha junto ao estradão, faz muito tempo eu parei aqui.
Vem minha velha vamos recordar, quantas boiadas eu já conduzi.
Fui berranteiro e me ver passar, você surgia me acenando a mão
Até que um dia eu aqui fiquei, preso no laço do seu coração.

Vê ali está, o meu berrante no mourão do ipê,
Vou cuidar melhor, porque foi ele quem me deu você.

Me lembro o dia em que aqui parei, daquela viagem não cheguei ao fim
Foi a boiada e com você fiquei, e os peões dizendo adeus pra mim
Vem minha velha veja o estradão, e o berrante que uniu nós dois,
Nuvens de pó que para trás deixei, recordações do tempo que se foi.

Vê ali está, o meu berrante no mourão do ipê,
Vou cuidar melhor, porque foi ele quem me deu você. |

Daquele tempo que ao longe vai, o meu berrante repicando além.
Ecos de choros vindos do sertão, ao recordar fico a chorar também.
Não é de ouro o meu berrante não, mas para mim ele tem mais valor,
Porque foi ele quem me deu você, e foi você quem me deu tanto amor.

Vê ali está, o meu berrante no mourão do ipê,
Vou cuidar melhor, porque foi ele quem me deu você.

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